Congresso norte Portugal – Galiza reúne 300 engenheiros a debater o futuro da Engenharia Civil

O III Congresso Internacional de Engenharia Civil e Território reuniu, em Vigo, 300 profissionais de Engenharia portugueses e espanhóis, e durante dois dias houve cerca de 60 comunicações que garantiram a todos os presentes um conjunto de novos conhecimento, oportunidades e perspetivas futuras para a Engenharia Civil. Organizado pela Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN) e pelo Colegio de Ingenieros de Caminos, Canales y Puertos de Galicia, este encontro decorre bianualmente, alternadamente em Portugal e Espanha.
 
Com temas a debate de grande impacto no âmbito da Engenharia Civil e do Território, como são os casos dos transportes, o meio ambiente e o espaço público, este congresso teve como o mote “Conservação e Gestão da Obra Pública. Cidade e Território”.  Transversalmente a quase todos os oradores ficou demonstrado que as oportunidades que advêm da gestão e conservação da obra pública, são uma alavanca para mais emprego, e representam oportunidades que não devem ser perdidas. Há ainda uma grande preocupação com o meio ambiente num mundo em transformação e com cada vez mais desafios.
Coube ao Presidente da Ordem dos Engenheiros – Região Norte, Poças Martins e a Fernando Santos, Vice-Presidente da Ordem dos Engenheiros Nacional, conjuntamente com os representantes espanhóis e autarcas da região, dar o pontapé de saída a congresso.
“Não posso deixar de relembrar e endereçar uma palavra de solidariedade às vítimas e famílias dos incêndios que durante o passado fim de semana assolaram Portugal e Espanha” – começou por expressar o presidente da OERN, acrescentando ainda que: “o desafio que se coloca na resolução deste flagelo, tem de ter a intervenção dos nossos engenheiros, que estão formados e capacitados para a evitar tragédias futuras.”
Poças Martins lembrou ainda as boas relações entre os dois países e as vantagens para ambos numa relação cada vez mais estreita e vantajosa para todos, até porque muitos dos desafios são comuns.
 
Sessões e intervenções portuguesas
As comunicações da primeira sessão do dia tiveram como presidente da mesa, Castro Fernandes, ex. presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso e membro da OERN. Durante esta sessão foram abordoados temas relacionados com Transportes, e o seu reflexo direto na resolução dos problemas das cidades, dos municípios, bem como a sua aplicação prática na vida dos cidadãos do Norte de Portugal e da Galiza.
 
O Meio Ambiente foi o tema 2ª sessão, que foi presidida pelo presidente de OERN, Poças Martins. Carlos Afonso Teixeira, coordenador Colégio Ambiente – Região Norte foi um dos intervenientes desta sessão, durante o qual falou sobre a implementação de taxas turísticas para combater o impacto ambiental resultante do aumento do turismo.
Sobre a temática do Ambiente coube ainda a Rosa Maria Costa, Vogal do Colégio Regional de Engenharia Civil da OERN ser relatora das comunicações apresentadas ao congresso, o mesmo sucedendo com Luis Martins, também Vogal do Colégio Regional de Engenharia Civil da OERN que foi relatos das comunicações sobre o Espaço Público Cidadãos.
 
Foi precisamente esta a temática do 3ª e última sessão a debate, que foi presidida por Bento Aires, coordenador do Colégio de Engenharia Civil – Região Norte, a quem coube também fazer o encerramento do congresso, conjuntamente com representantes da autárquicos espanhóis.  Bento Aires relembrou que o “mercado de trabalho está a mudar, e que há novas oportunidades para os engenheiros civil.” “A naturalização das conquistas, que são o resultado do trabalho dos engenheiros, têm de ser valorizadas. Conquistas como a qualidade da água, a segurança dos edifícios e das pontes, entre muitas outras, tem de ser valorizadas e não assumidas como naturais”.
 
Fora do âmbito da OERN, de Portugal foram também convidados a intervir durante este congresso Jorge Moreno Delgado, Presidente da Metro Porto, António País Antunes, Universidade de Coimbra, Álvaro Santos, ex. presidente SRU Porto Vivo e Ricardo Rodrigues, Câmara Municipal de Guimarães, Ricardo Reis, Xispoli – Engenharia, Lda. e João Fernandes, doutorando da Universidade do Minho.

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