Engenharia em debate na cidade do Porto

A sala foi pequena para todos os que no passado dia 27 de janeiro estiveram a Biblioteca Almeida Garrett para o arranque do “A OERN em…”. Mais de 200 pessoas assistiram aos desafios lançados pelos e para os engenheiros.
Vídeo – http://youtu.be/t5C1L2PJ4Jo
O balanço que o presidente da Ordem dos Engenheiros- Região Norte faz da iniciativa é positivo. Joaquim Poças Martins espera que a Câmara do Porto abrace os desafios apresentados pelos engenheiros. “Espero que esta sessão tenha consequências. Espero que na sequência do que aqui foi falado a vida no Porto possa ficar melhor em alguns aspetos”, afirma.
Poças Martins defende que “há algumas soluções simples, mas não simplistas” que podem ser aplicadas a questões como os problemas de trânsito na cidade. Para o presidente da OERN ajustar os horários dos trabalhadores do centro da cidade, criando horas de entrada ao serviço diferentes para cada um dos funcionários de uma empresa pode ser uma forma de fazer face aos congestionamentos em hora de ponta.
“Os congestionamentos no acesso à cidade de manhã e à tarde estão connosco há décadas, mas são problemas de horas de ponta. Aqui o que estamos a falar é um “deslaçar” das horas de pontas que pode passar, por exemplo, por criar condições para que as pessoas não tenham a necessidade de entrar na cidade todas à mesma hora”, avança.
“As grandes decisões são políticas e têm que ser formadas por pareceres técnicos”
O presidente do OERN encontra ainda outro desafio de resolução simples: ”o desconforto térmico” nas habitações durante o inverno.” É possível alterar com custos relativamente baixos os edifícios existentes, tendo em conta o clima que temos, tendo em conta que a maior parte das pessoas não têm aquecimento central em casa. Para isso têm que ter isolamentos, não por fora, mas por dentro, para economizar energia, calafetar as frinchas das janelas e das portas, ventilar as casas para evitar humidades. Isso tem que ser visto caso a caso. Chamar um engenheiro é importante”, sublinha.
Balanço feito, Poças Martins espera que a cidade continue a promover iniciativas que aproximem os técnicos dos decisores políticos. “A cidade é uma questão política. As grandes decisões são políticas e têm que ser formadas por pareceres técnicos. É muito importante que os técnicos saibam quais são as opções políticas e que os políticos têm em conta os pareceres técnicos para tomarem melhores decisões”, remata.

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