[Artigo Técnico] Há Engenharia na luz, cidade e património

Por Norberto Ribeiro, Engenheiro Eletrotécnico, Especialista em Luminotecnia

A luz como expressão e instrumento de valorização do ambiente urbano e do património cultural, histórico e arquitectónico.

 

 

A face nocturna da cidade contemporânea é decisivamente marcada pela iluminação e a quantidade e variedade das fontes de luz cresce de uma forma exponencial.

O espaço urbano deve ser atractivo e oferecer aos seus residentes e visitantes uma sensação de hospitalidade e de bem-estar. A iluminação não é, todavia, apenas qualquer coisa de funcional na vida das cidades, ligada à garantia das indispensáveis condições de segurança. É algo que desempenha um papel bem mais estruturante e abrangente. Graças a ela, os cidadãos reapropriam-se do seu espaço, reconhecem-no, amam-no.

A inestimável riqueza do património existente ganha o seu realce e a justa escala.
Isso potencia naturalmente o ressurgimento da actividade económica e a promoção da procura turística, hoje igualmente vital do ponto de vista de uma estratégia de desenvolvimento.

Na arquitectura, a iluminação deve surpreender, ser capaz de valorizar os elementos arquitecturais mais relevantes, captar a atenção.
O surgimento de novas fontes de luz e luminárias de última geração, em particular, utilizando a mais recente tecnologia LED, veio alterar conceitos e incrementar enormemente a oferta das soluções projetuais, possibilitando a realização de instalações diferenciadoras, de muito baixo consumo energético e custos de manutenção negligenciáveis.
Na medida do que hoje nos permite a tecnologia actual, é em princípio de evitar a iluminação de um monumento totalmente desenhada a partir de projecção à distância, implicando a planificação de toda a estrutura com a inerente anulação das sombras – the lack of shadows – associada a maiores gastos no consumo de energia.
 

 “Per motivi religiosi o politici, o più semplicemente per esprimere sentimenti ed emozione, da sempre in ogni luogo, l’uomo ha inseguito un ideale: creare la belezza e possederne il mistero …” 

(CULTURA E SCIENZA DEL COLORE _ Rivista dell’Associazione Italiana Colore _ NUMERO 01 GIUGNO 2014)


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