Delegação de Vila Real cria Grupos Temáticos para dinamizar iniciativas

Os Grupos Temáticos da Delegação Distrital de Vila Real surgiram para ir ao encontro das expectativas e necessidades dos engenheiros da região, cumprindo a missão que a atual equipa distrital se propôs quando foi eleita para este órgão da Ordem dos Engenheiros da Região Norte.

 
José Carlos Pinto, delegado da Delegação Distrital de Vila Real fala ao noticias.test sobre o que motivou e como funcionam estes grupos temáticos, lembrando que “era fundamental tornar a nossa delegação mais atrativa e dinâmica. Para o efeito, começámos por criar o conceito de dinamização temática”.
 
Para quem não conhece, o que são os grupos temáticos da Delegação Distrital de Vila Real?
Um dos desígnios da atual equipa da Delegação Distrital de Vila Real é a mobilização do maior número de colegas para a Ordem dos Engenheiros, desde logo para todas as iniciativas a desenvolver na nossa Delegação Distrital. A delegação distrital é a casa profissional de todos os engenheiros.  É aqui que estes devem manter um contacto regular com os colegas, com vista ao convívio, debate de ideias, formação, realização de conferências, criação de grupos temáticos de trabalho, etc..  No entanto, para que tal aconteça, era fundamental tornar a nossa delegação mais atrativa e dinâmica. Para o efeito, começámos por criar o conceito de dinamização temática. Convidámos vários colegas nossos, pessoas de relevo em várias áreas específicas e atuais da Engenharia, que aceitaram o desafio de integrar a nossa equipa no sentido de impulsionar, na nossa delegação e de forma descentralizada convívio entre Colegas, o debate de ideias, a formação, realização de palestras, a análise de alterações regulamentares, etc. Na nossa lista, contamos já com um número considerável de Dinamizadores Temáticos, grande parte deles convidados pela nossa equipa, mas também alguns que por iniciativa própria quiseram juntar-se a esta equipa.

Quem são os membros desses Grupos temáticos?
São colegas do nosso distrito, pessoas de relevo em várias áreas específicas e atuais da Engenharia que pelo seu conhecimento e experiência profissional estão em condições de auxiliarem a DDVR na dinamização dentro da respetiva área. A DDVR é constituída por 3 delegados em exercício e 2 suplentes. Mesmo considerando os 5 é impossível abranger todas as especialidades, muito menos as várias subáreas dentro de cada especialidade, razão pela qual a ajuda dos DT é fundamental.
As várias áreas criadas até ao momento são: Gestão de Ativos, Planeamento Urbano, Mobilidade e Transportes, Desafios da Digitalização da Energia, Energias Renováveis/ Novas Oportunidades, Segurança Contra Incêndios, Fogos Florestais, Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, Alto Douro Vinhateiro – Património Mundial, Empreendedorismo na Engenharia, Gestão de Resíduos, Eficiência Energética (sistemas públicos), Eficiência Energética (unidades industriais), Gestão de Projetos, Projetos/ Obras de Equipamentos Sociais, Viticultura/ Enologia, Instalação de Vinhas, Agronomia, Sistemas de Informação Geográfica, Engenharia Sanitária, Tratamento de Efluentes, Manutenção Industrial, AVAC, Gestão de Equipamentos, Coordenação de Segurança,  Infraestruturas e Redes, Redes Municipais de Águas, Obras Fluviais, Certificação e Responsabilidade Empresarial, Práticas de Sustentabilidade na Construção.
Até ao momento, nem todas os DT iniciaram a sua dinamização. É um trabalho para se vai desenvolvendo à medida da disponibilidade de todos nós. Afinal de contas, servimos a Ordem, mas não somos funcionários. Por mais que queiramos e com muito gosto, não dispomos do tempo que seria necessário para ter todas as áreas em desenvolvimento.
 
Estes grupos temáticos envolvem também a UTAD?
Sim. Alguns dinamizadores e pessoas por estes trazidos para as nossas iniciativas estão ligadas à UTAD, universidade com quem a OE tem um protocolo de parceria. Temos inclusivamente agendadas sessões técnicas dadas em aulas de Engenharia. No fundo é ir à UTAD contactar com os alunos, recebendo informação/ formação em conjunto com os alunos de Engenharia. Desta forma motivamos os alunos de Engenharia a inscreverem-se na OE.

De que forma é possível chegar a mais alunos na UTAD e fazer com que participem ativamente na Ordem?
Conforme referido na resposta anterior, tentamos interagir com os alunos da UTAD de forma a envolvê-los o mais cedo possível com a OE. Já temos tido por parte de alguns núcleos de estudantes de Engenharia pedidos de participação da OE em seminários e jornadas, com várias vertentes. Participação nas sessões de abertura como forma de credibilizar e enaltecer o curso e a profissão e como palestrantes dando a conhecer a Ordem dos Engenheiros e a sua importância. Do contacto que temos tido com os alunos nestas jornadas das várias especialidades e noutros eventos temos vindo a sensibilizar os alunos para as vantagens em se inscreverem como membros estudante e posteriormente como membros efetivos. Existe também o interesse, muitas vezes, de colegas engenheiros, docentes da UTAD em que a OE “entre” na sala de aula, permitindo desta forma uma proximidade com os alunos, desde logo nos primeiros anos da vida académica, de forma a cativar o interesse destes futuros engenheiros. Aliás, este contacto já começou a dar frutos. Nas últimas sessões técnicas na área de agronomia, tivemos a participação crescente de alunos da UTAD, sendo que alguns deles tomaram já a iniciativa de inscrição na OE como membros estudantes.

Quais os próximos passos? 
Para além das ações que já referi, este conceito de dinamização temática tem muito potencial a vários níveis, tais como a partilha de conhecimento, investigação e cooperação nas várias áreas. Julgo que será um conceito para ir desenvolvendo ao longo dos próximos anos, com as ideias e contributos de todos os membros. Atualmente, com a atual conjuntura Covid-19, estamos já a desenvolver em articulação com a OERN o restabelecimento das nossas ações via web. Se por um lado tem a desvantagem de não ter o contacto pessoal com os nossos membros, por outro potencia uma maior capacidade para produção de conteúdos e ir de encontro a um público mais abrangente, uma vez que as sessões são dirigidas a todos os membros da OE. Trata-se de um novo “normal” ao qual teremos todos que nos habituar.
 
Como vê o papel das delegações? Quais as principais dificuldades e como pensam combatê-las?
As DD têm um papel fundamental na aproximação da Ordem aos seus Membros e aos possíveis futuros membros. É localmente, com maior proximidade que se consegue promover a OE e a necessidade de estarmos unidos em torno da nossa profissão. Temos tido sessões com maior ou menor adesão, cujos participantes referem que se as iniciativas tivessem lugar no Porto ser-lhes-ia impossível participarem. Daí a necessidade de irmos ao encontro dos nossos membros nos locais onde estes exercem atividade e perceber a realidade local. De qualquer forma, ainda é muito difícil mobilizar os engenheiros para qualquer iniciativa, ao contrário do que acontece com outros profissionais, como os arquitetos, professores, etc.. O engenheiro ainda se isola muito. Na minha opinião é fundamental a troca de ideias, conhecimento, experiência profissional, a socialização, confraternização, etc… É nestes ambientes que as oportunidades acontecem. Os engenheiros precisam de alterar a sua postura relativamente a este aspeto. Talvez possamos também pensar em criar futuramente dinamizadores concelhios para nos ajudar em captar os nossos membros dos vários concelhos para as nossas ações!

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