Eu estou inscrito na Ordem por… João Urbano Afonso

João Urbano Afonso é engenheiro na IVV Automação. Mestre em Engenharia Eletrónica Industrial e de Computadores, com especializações em “Automação, Controlo e Robótica” e “Microtecnologias” pela UMinho, está inscrito na Ordem e aceitou o nosso desafio das 5 perguntas.

 
Sucintamente conte-nos o seu percurso académico e profissional?
Desde que me conheço, com capacidade de decidir e saber o que quero para o futuro, que a Engenharia sempre me atraiu. Dividido entre duas áreas de Engenharia, Mecânica e Eletrónica, ingressei no curso Mestrado Integrado em Engenharia Eletrónica Industrial e de Computadores, na Escola de Engenharia da Universidade do Minho, onde completei as especializações de mestrado “Automação, Controlo e Robótica” e “Microtecnologias”. Recordando as duas áreas de Engenharia que me fariam, em tempos, ficar dividido, decidi na altura de escolher sobre o tema da dissertação de mestrado, abraçar um novo desafio, um novo projeto que unia arte de Engenharia Eletrónica à arte de Engenharia Mecânica.
Desenvolvi a minha dissertação de mestrado em conjunto com dois departamentos, Departamento de Eletrónica Industrial e Departamento de Engenharia Mecânica, com o tema “Gerador Termoelétrico para Escape de Automóvel com Controlo de Temperatura”. Aqui enfrentei novos desafios, novas aprendizagens e novos estudos, sendo sem dúvida um ponto fulcral, onde aprendi que todas as engenharias se completam, que todas se unem para construir um excelente resultado final.

Em suma, a Escola de Engenharia da Universidade do Minho

alicerçou a Engenharia que desenvolvo e que desenvolverei.

Iniciei a minha carreira profissional numa empresa, na qual mostrei sempre lealdade e profissionalismo, mas que, a longo prazo, verifiquei que a minha consciência moral, ética e profissional não se enquadraria com a ideologia da respetiva empresa, sem nunca ter nada a apontar à mesma. Assim, decidi enfrentar novos desafios profissionais, consegui, ingressei numa empresa de renome na sociedade, sendo sujeito a um exame de admissão. Após esta ação de recrutamento, obtive uma resposta positiva, conseguindo o “tal” emprego de “sonho” para muitos colegas e talvez, na altura, para mim. Pois bem, completa desilusão, após o primeiro dia, percebi que a oferta profissional a que me candidatei e para a qual tive de prestar provas, não seria a função que viria a desempenhar. Não contente com a situação, efetuei a devida exposição à hierarquia responsável.
 

“Aprendi que um jovem, com formação em Engenharia,

teria hipóteses, hipóteses de mostrar o seu valor”

 

Nesta fase pensei, “o mundo profissional será assim? Estarei no caminho certo?”, não desisti e nessa mesma fase fui chamado para uma entrevista para uma nova oferta de emprego, mostrando que em Engenharia temos sempre hipótese de mostrar o nosso valor, mesmo para funções que, até então, não consideraria.
Ingresso então numa nova empresa, num novo desafio profissional, onde aprendi muito. Aprendi que um jovem, com formação em Engenharia, teria hipóteses, hipóteses de mostrar o seu valor, de aprender com os melhores e mais experientes Engenheiros. Aí vi a Engenharia de outra forma, de uma forma que me orgulha e que me faz sentir imensa estima por todos os Engenheiros que conheço, pelo nosso trabalho de Engenharia, assim como, pela Ordem dos Engenheiros.
Fui Responsável de Manutenção de uma Estação de Tratamento de Águas, numa empresa que prestava serviços a uma empresa Pública Municipal.
Permitiu-me crescer, continuar a aprender o que é ser engenheiro e o que é Engenharia, perceber e complementar as suas questões, ideias, desafios, valores e deveres para com a sociedade.
Terminado este caminho procurei novos desafios profissionais, numa outra área de Engenharia, sentindo que continuo a crescer, a aprender e acima de tudo a sentir que o meu trabalho de Engenharia continua a ser para o bem da comunidade e para a evolução positiva do planeta.
 
Porque decidiu inscrever-se na Ordem dos Engenheiros?
Apesar de exercer profissionalmente Engenharia, sempre respeitei e concordei com o conceito de Ordem, pois é único órgão que regula a arte de Engenharia e, por sua vez, atribui o título de engenheiro, promovendo a cooperação entre engenheiros de diversas especialidades possuindo o não menos importante, direito ao exercício de ação disciplinar sobre membros que assim sejam sujeitos à mesma.
 

“Pertencer à Ordem dos Engenheiros é estar integrado numa Ordem

que reconhece que a Engenharia tem uma função social”

 

Se concluímos um curso de Engenharia e exercemos profissionalmente o cargo de engenheiro, faz sentido querermos ser considerados engenheiros, e estar integrados numa Ordem que defende os direitos, interesses e que protege o título que atribui.
Pertencer à Ordem dos Engenheiros é estar integrado numa Ordem que reconhece que a Engenharia tem uma função social, também, que defende e prestigia a nossa profissão e qualificação profissional.
 

“Nós, engenheiros, não podemos desistir”

 
Qual a mensagem que mais reteve durante o Curso de Ética e Deontologia Profissional?
Nós, engenheiros, não podemos desistir, não podemos deixar de lutar pelo que nos move, não podemos nem devemos ter medos, mas sim certezas de que aplicamos a Engenharia no caminho certo da evolução tecnológica, bem ambiental, bem da sociedade e bem do mundo. Sempre com o dever de respeito pelo próximo, seja Engenheiro um cidadão/ã da restante sociedade, agindo sempre sob os valores éticos e profissionais inerentes ao nosso título, às nossas competências, à nossa moral e consciência. Se formos profissionais, corretos e desempenharmos as nossas funções com todos os valores, deveres e honestidade, conseguimos chegar longe e sentir que acreditam em nós.
 

“Conto que a Ordem possa fomentar o meu desenvolvimento enquanto Engenheiro e Pessoa”

 
O que espera da Ordem dos Engenheiros durante o seu percurso profissional?
Conto que a Ordem possa fomentar o meu desenvolvimento enquanto Engenheiro e Pessoa, promovendo as mais diversas atividades e formações. Acredito que irá proteger, valorizar e defender todos os direitos e interesses, sob o título de Engenheiro e a respetiva profissão.
Considero que estará em constante cooperação com os seus membros promovendo assim um olhar atento sobre a constante regulação do exercício da profissão, salvaguardando os nossos direitos enquanto Engenheiros afim de zelar para nossa competência.
Agirá, sempre de acordo com o Estatutos que tem por base, cumprindo-os e sentir obrigação de os fazer cumprir por parte dos membros, promovendo sempre que necessário e sempre que assim o seja solicitado os devidos procedimentos e ações disciplinares, de modo a dignificar e defender a profissão.
Tenho a certeza que será uma Ordem que se mostrará sempre disponível para auxiliar, esclarecer e até mesmo cooperar com os seus membros, dentro das suas capacidades e competências.

“Sabemos que nós, jovens engenheiros temos que ser profissionais,

crescer e aprender com os mais sábios”

 

Um conselho a todos os que estão indecisos em inscrever-se na Ordem.
Isto sim é Engenharia, isto sim, é resultado de engenheiros experientes partilharem a nossa paixão, que acreditaram em nós, que com a sua partilha nos fazem aprender e que nos fazem ver que a Engenharia é uma constante aprendizagem.
Sabemos que nós, jovens engenheiros temos que ser profissionais, crescer e aprender com os mais sábios, mas isso não impede que as empresas acreditem em nós e no nosso valor, que confiem em nós e na nossa formação para assumirmos cargos de várias responsabilidades.
A inscrição na Ordem dos Engenheiros, para além de ser uma obrigação para a atribuição do título de engenheiro e que regula e protege o referido título, é um órgão de partilha, cooperação e solidariedade entre Engenheiros.
A Ordem dos Engenheiros é onde se encontram os melhores e mais conceituados Engenheiros, mais sábios da sua arte e com um nível profissional extraordinário, logo é uma fonte de conhecimento, de exemplos e de evolução profissional e pessoal.
 

Engenheiro não é nome próprio. É profissão. Inscreva-se na Ordem AQUI

 

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