“Os engenheiros Químicos terão um lugar importante no combate a futuras pandemias”

Artigo de opinião por… Carlos Pereira Alves, Presidente do Núcleo de Estudantes de Engenharia Química da FEUP (NEEQ-FEUP)

 
Atualmente, estamos a atravessar tempos difíceis, mas também de união e reflexão. O esforço de todos os profissionais tem sido uma mais valia para conter este surto, mas será que a Engenharia Química poderá ter um papel preponderante neste combate? Ao longo deste texto irão descobrir a resposta, mas adianto que a mesma é um sim!
A Engenharia Química tem uma vasta aplicação, sendo mesmo considerada uma “engenharia universal” devido à combinação de várias áreas. Desde a biologia, física, química, matemática, informática, etc.
Face ao contexto atual, a Engenharia Química apresenta inúmeras aplicações que por vezes não imaginamos. Desde a produção de produtos de higiene, como gel desinfetante e o sabão ou até o tão famoso papel higiénico. Mas também na área da saúde onde o grande destaque é para a contribuição dos desenvolvimentos técnicos dos ventiladores, essenciais para a utilização nas unidades de cuidados intensivos. E não fica por aqui.
Ao longo destas semanas fomos vendo que algumas cidades de norte a sul de Portugal aplicaram métodos de desinfeção dos espaços públicos com hipoclorito de sódio. Os alimentos que chegam aos supermercados, a água que bebemos, os fármacos, o papel, os combustíveis, a indústria têxtil, tudo isto tem a “mão” da Engenharia Química, a qual assume uma posição central para a sociedade.
 

Além disso, a forte componente biotecnológica assumida pelos engenheiros químicos pode ser uma mais valia para a contribuição do desenvolvimento de novos fármacos, vacinas, tecnologias com aplicações biomédicas, etc.
 

No entanto, a multidisciplinaridade é extremamente importante e tal como o provérbio, “uma andorinha só não faz verão, nem um dedo só faz a mão”, a colaboração com as outras engenharias, medicina e outras áreas, permitem o avanço e a evolução. O futuro faz parte disto e não podemos ter apenas conhecimentos “isolados”.
Todas as áreas científicas devem unir-se mais do que nunca para travarem as próximas pandemias. Não há fronteiras para a Engenharia Química e esta terá um papel cada vez mais importante para a humanidade no que toca ao desenvolvimento de novos processos, tecnologias e formas de combater estes surtos infeciosos, mas também de garantir o acesso aos bens essenciais à vida.
 

Os desafios que lanço a todos os futuros engenheiros químicos são: a aproximação a outras áreas de conhecimento, a aprendizagem contínua e multidisciplinar e o trabalho em equipa.
 

“Há Engenharia em tudo o que há” e há Engenharia Química no futuro.

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