Sessão Técnica em Vila Real junta especialistas para debater a escassez de água em Portugal

A OERN organiza, no Museu da Vila Velha de Vila Real, uma sessão pública presencial e com transmissão online, sobre a Escassez de Água em Portugal, próximo dia 3 de março. 
 
As secas, que antes aconteciam de dez em dez anos ou mais, estão a tornar-se a nova normalidade, serão mais severas e frequentes no contexto das alterações climáticas e não podemos continuar a tratá-las como emergências.
Apesar de as secas já quase não chegarem às cidades, devido aos novos sistemas de abastecimento de água, continuam a ter muito impacto nos campos, nuns mais que noutros.
Já temos excelentes exemplos de eficiência hídrica em alguns municípios e explorações agrícolas, mas ainda há grandes desperdícios em muitos outros.
Com a globalização, as secas também já quase não chegam às prateleiras dos supermercados e a importância da autossuficiência alimentar de cada país esbateu-se.
Há, felizmente, antigas e novas soluções de engenharia para gerir as situações de escassez de água, umas melhores que outras, que têm de ser avaliadas localmente em termos ambientais, económicos e sociais, de forma a sustentar boas decisões políticas.
As melhores experiências internacionais apontam para a adoção de uma política de “cinco torneiras” para resolver os problemas de falta de água em qualquer país ou região, com recurso a: (1) água da chuva, (2) água proveniente de outros países ou regiões (no nosso caso, de Espanha), (3) reutilização de águas residuais (4) dessalinização e (5) água incorporada nos alimentos e outros produtos importados.
A reutilização de águas residuais e a dessalinização são já economicamente viáveis para abastecimento público, para algumas indústrias e até para algumas culturas agrícolas de alto valor acrescentado, sendo previsível que os respetivos custos baixem significativamente no futuro.
Grandes transferências de água entre bacias hidrográficas, com artificialização dos rios, inspiradas no muito criticado plano hidrológico espanhol dos anos 90 _ por exemplo levar água do Douro para o Guadiana_ estariam hoje em contraciclo, teriam de ser sujeitas a rigorosos estudos de impacto ambiental e de custo-benefício de acordo com a Diretiva Quadro da Água, sendo necessário provar-se não existirem alternativas viáveis. Embora soluções deste tipo não sejam facilmente aceites pelas populações das regiões dadoras, tenham de ser financiadas com dinheiro de contribuintes, que é ainda mais escasso que a água, e demorem pelo menos uma década a implementar, continuam a ser referidas como alternativa para os problemas de escassez.
Para discutir soluções realistas de gestão da água em situações de escassez, a OERN – Ordem dos Engenheiros Região Norte, promove uma sessão de debate, em Vila Real, com a participação de:

Joaquim Poças Martins, Presidente da Ordem dos Engenheiros Região Norte (Moderador)
Rui Santos, Presidente da Câmara de Vila Real
Emídio Gomes, Reitor da UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Pimenta Machado, Vice-presidente da APA
António Carmona Rodrigues, Professor da UNL e deputado municipal de Chaves
Armando Silva Afonso, Presidente da Ordem dos Engenheiros Região Centro
Francisco Ferreira, Presidente da Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável
Manuel Moras, Engenheiro Civil com formação e carreira na área de hidráulica
Vicente Sousa, Professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro no departamento de agronómica
 

Para melhor contextualização do tema ver:

 
Local: Museu da Vila Velha de Vila Real
R. de Trás-os-Muros, 5000-657 Vila Real

A sessão é gratuita e aberta ao público, com transmissão online simultânea.

 

Inscrições para assistir presencialmente aqui 

Inscrições para assistir online aqui 

Partilhe a engenharia que há em tudo o que há

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email
Veja a nossa
agenda aqui​