Simone Pinto é a primeira classificada no curso com a média mais elevada do país, Engenharia Aeroespacial na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), e deu a conhecer à OERN o segredo para se alcançar a excelência
Depois de conhecidos os resultados das colocações da primeira fase de acesso ao Ensino Superior é notório o interesse pelos cursos de Engenharia.
Pelo 2º ano consecutivo, a Região Norte destacou-se, com o curso de Engenharia Aeroespacial, na FEUP, a ocupar o primeiro lugar do pódio com a média de entrada mais alta do país: 194,5 valores.
Simone Pinto foi ainda mais alto, sendo a primeira colocada com uma média de 199,8 valores.
PERFIL
Nome: Simone Barreira Morais Pinto
Idade: 17
Escola Secundária: Colégio Luso-Francês
Área de estudos: Engenharia Aeroespacial na FEUP
O que despertou em ti o desejo pela Engenharia Aeroespacial e porquê a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto?
Sempre tive muito interesse em áreas como a matemática, a física e a química, por isso já sabia que queria seguir uma Engenharia. Quando descobri aeroespacial pensei logo que seria o curso certo, por conjugar estes interesses com o espaço e a aeronáutica, dimensões que também desde cedo me fascinaram. Já a FEUP, escolhi-a, uma vez que o plano curricular deste curso foi o que me pareceu mais adequado, além da faculdade ser no Porto, ou seja, na minha cidade.
“Quando descobri aeroespacial pensei logo que seria o curso certo, por conjugar estes interesses com o espaço e a aeronáutica, dimensões que também desde cedo me fascinaram”
Como é que se alcança uma média tão elevada? É possível conjugar vida social e estudos?
Sim, é totalmente possível. Aliás, considero que é necessário ter outras atividades extracurriculares para se atingir os resultados que desejamos, equilibrando um estudo frequente com outros gostos pessoais que nos permitam esquecer temporariamente essas obrigações. Saliento, ainda, a importância de adotar um método de estudo individual, bem como de gerir o tempo livre.
Através do impacto de futuros Engenheiros, como é o teu caso, como é que achas que estas novas Engenharias vão moldar o futuro?
Acredito que nos permitirão atingir os nossos objetivos presentes, ou, pelo menos, aproximar-nos dos mesmos, como é o caso de um desenvolvimento mais sustentável (em termos energéticos, quanto aos materiais utilizados, etc.), que, simultaneamente, seja capaz de responder às necessidades tecnológicas que, certamente, virão a surgir.
“Considero que é necessário ter outras atividades extracurriculares para se atingir os resultados que desejamos”
Na tua ótica, como é que a Ordem dos Engenheiros pode apoiar o percurso dos estudantes de Engenharia?
Através de, por exemplo, concursos interdisciplinares conjugando as diferentes áreas da engenharia, a Ordem dos Engenheiros não estaria somente a valorizar a criatividade e a iniciativa dos alunos, mas ajudá-los-ia a desenvolver projetos que se enquadrassem nos objetivos de desenvolvimento sustentável, tornando ideias inovadoras realidade. Além disso, os alunos integrar-se-iam mais cedo num panorama empresarial ou de investigação, consoante as suas preferências.
Ser Engenheira sempre foi um sonho? Agora que o podes realizar, estás entusiasmada com a faculdade?
Desde cedo soube que queria seguir esta área, como já referi, por isso agora estou muito entusiasmada por esta ser a minha próxima etapa e, ao mesmo tempo, extremamente desejosa de aprender mais.
Algum conselho para os jovens do secundário que querem alcançar o que já conquistaste?
Aconselho-os a dedicarem-se aos seus objetivos e a não perderem a motivação para estudar, porque no final compensa e conseguirão ser o que desejarem, o que é o mais importante.
O futuro de Simone Pinto passa, segundo a aluna, por um mestrado, um doutoramento e possivelmente uma carreira no Espaço, através da NASA.
A OERN quer acompanhar e contribuir para este percurso da Simone e de todos os estudantes de Engenharia, através de iniciativas como o estatuto de Membro Estudante, formações, networking e muito mais.