A conferência “PENSAARP 2030 – Visão prospetiva do setor da Água” foi o tema da primeira conferência de um ciclo de conferências “Há Engenharia na Água”, organizadas pelo Colégio de Engenharia do Ambiente – Norte e a APRH.
A conferência, que decorreu no passado dia 5 de julho na OERN, reuniu diversos especialistas dos diferentes quadrantes do setor da água desde a entidade reguladora, entidade legisladora, entidades gestoras em alta e em baixa, bem como públicas e privadas e autarquia.
Na sessão de abertura Bento Aires, Presidente do Conselho Diretivo da OERN, mencionou a importância de assuntos estruturantes de engenharia serem discutidos por Engenheiros, salientado o papel vital destes na resolução dos desafios que se avizinham, declarando também o “compromisso da OERN em contribuir para uma engenharia melhor para os desafios da sociedade”, através da realização da promoção de discussões e abordagens refletivas sobre os assuntos emergentes e proeminentes na nossa sociedade, como o que se abordou nesta sessão. Já Jorge Cardoso Gonçalves, Presidente da APRH, falou sobre o âmbito de atuação da APRH, tendo introduzido a ideia da realização do já referido ciclo de conferências “Há Engenharia na Água”, o qual terá como objetivo, através da parceria entre a APRH e a OERN, a discussão de planos e temas impactantes no setor da água.
O 1º painel de discussão “PENSAARP 2030 – Mudanças e oportunidades?” teve como Keynote Speaker Jaime Melo Baptista, que fez uma apresentação geral dos objetivos e estrutura do plano, salientado que o mesmo pretende resolver os bloqueios existentes nos planos anteriores, através de uma visão holística do setor. Seguiu-se uma mesa-redonda de discussão com Vera Eiró, Presidente da ERSAR, que considerou que o plano se encontra bem estruturado e que possui uma visão do futuro do setor, Filipe Araújo, Vice-Presidente da CM Porto e Presidente do Conselho de Administração da AEdP, que referiu que grande parte das metas do PENSAARP 2020 não foram cumpridas, relevando a boa estruturação deste novo plano, lamentando ainda o tempo que se perde no processo que conduz à sua implementação e Pimenta Machado, Vice-Presidente da APA, que descreveu a atual situação dos recursos hídricos em Portugal, alertando para a quantidade preocupante de água anual que se perde nos diversos quadrantes do setor.
O 2º painel de discussão contou com Carlos Martins, Presidente da EPAL, como Keynote Speaker, sendo que na sua intervenção começou por considerar que apesar de ambicioso, o PENSAARP 2030, por ser demasiado extensivo, poderá ser de difícil interpretação, a identificação das reais prioridades, bem como conduzir à perda de clareza dos objetivos e conceitos. Durante a mesa-redonda Miguel Lemos, Presidente do Conselho de Administração das Águas de Gaia, referiu a necessidade das Entidades Gestoras gerirem melhor e com maior eficiência os sistemas, através da redução da Água Não-Faturada, o asseguramento da cobertura de gastos, a necessidade reinvestimentos nas redes e infraestruturas, bem como a necessidade de uma visão integrada e Pedro Perdigão, CEO da INDAQUA, salientou que existe a nível da sociedade um problema de responsabilidade da água, apontando várias razões para a demora no processo de elaboração do plano, como sejam o facto do mesmo possuir objetivos muito ambiciosos.
A sessão de encerramento foi conduzida por Mercês Ferreira e Paulo Santos que realçaram o sucesso das reflexões ocorridas pelo tema tão na agenda do dia face aos desafios que todos enfrentamos, como ocorrência de eventos extremos, seca, governação em mudança entre outros e realçaram como principal conclusão a urgência e se apostar mais numa maior eficiência da gestão no setor com o envolvimento de todos os “stakeholders” envolvidos. Numa só palavra mais “COMMITMENT” das entidades quer públicas quer privadas e da sociedade em geral.
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