A Delegação Distrital de Braga organizou a conferência “Engenharia e o Território”, para debater e pensar o futuro da mobilidade e das cidades, no Fórum Braga, no passado dia 27 de maio

Leonel Cunha, Delegado Distrital de Braga, deu as boas-vindas aos participantes da primeira de quatro conferências que constituem o Ciclo de Conferências do Quadrilátero Cultural, reforçando que os temas em debate naquela tarde, que variavam entre a Alta Velocidade e o Imobiliário, são de extrema importância para a evolução e dinamização das cidades, que se esperam cada vez mais humanizadas, úteis e sustentáveis.

A sessão de abertura desta conferência sobre “Engenharia e o Território”, ficou a cargo de Fernando de Almeida Santos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros, que sublinhou o impacto que a linha de alta velocidade teria na acessibilidade deste território e de Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga, que realçou a necessidade de iniciativas que permitam debater os problemas atuais e os desafios futuros das cidades de todo o país.

Ricardo Rio apresentou o Quadrilátero, dando a conhecer aos presentes dados sobre o território e a população, dados económicos, os objetivos da organização e ainda as possíveis realidades que constituem o futuro deste projeto.

A primeira apresentação debateu a Alta Velocidade, com João Fernandes, Coordenador do empreendimento Porto-Vigo, que apresentou as linhas de opção para a Região e a interligação da Alta Velocidade com as cidades do Quadrilátero.

O Mercado Imobiliário foi o segundo tema realçado nesta conferência, com a intervenção de Ricardo Guimarães, que introduziu a caracterização do Mercado Imobiliário, através dos temas da habitação, comércio, serviços e indústria (confidencial imobiliário). Seguiu-se um debate sobre “A Crise da Habitação e a Industrialização do Setor da Construção como Parte da Solução Debate” com Luís Laranjeira, Diretor Comercial da Blufab – Grupo Casais e Leonor Afonso, Diretora da Unidade de Negócio de Construção Modular – Madeiras do DST Group.

No último painel da tarde, dedicado à Mobilidade, Nuno Cunha, do Quadrilátero, abordou a uniformização do transporte público no Quadrilátero Urbano, através da promoção de trabalho em rede entre instituições das 4 cidades, com o objetivo de fortalecer agentes, instituições, dinâmicas culturais e atração de novos agentes. Sublinhou que “com o quadrilátero o objetivo é alcançar a cooperação, experimentação, partilha de modelos e soluções, tendo em vista a inovação e o desenvolvimento urbano”. O orador terminou realçando que nesta organização “continuamos a criar pontes nas indústrias culturais e criativas, mas estamos também a desenvolver trabalho na área da Mobilidade, através da construção do nosso CIMOB: Centro Inteligente de Mobilidade”.

Teotónio Andrade dos Santos, dos Transportes Urbanos de Braga deu a conhecer o impacto do Metrobus na Mobilidade Urbana, seguindo-se a intervenção de Olga Pereira, Vereadora da Câmara Municipal que abordou o aumento do tráfego automóvel e a pressão colocada sobre as áreas urbanas (Nó de Infias e Variante do Cávado e outras).

O painel culminou com duas intervenções, a primeira de Adelino Ribeiro que relembrou a “urgência da humanização e descarbonização”, através da aposta na acessibilidade das cidades, em especial para as crianças e pessoas de mobilidade reduzida, e a segunda de Paulo Ribeiro que identificou as “cidades e territórios como organismos vivos” e que reforçou a necessidade de apostar numa “mobilidade sustentável, resiliente e integrada”.

Bento Aires, Presidente da Ordem dos Engenheiros da Região Norte, encerrou esta conferência referindo a necessidade do investimento público nestas estruturas, na mão de obra qualificada e na Engenharia para construir o futuro da mobilidade de forma pensada, sustentável e útil à sociedade.

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