Roteiros de Engenharia – Inteligência Artificial é propulsora de um mercado mais competitivo, eficaz e autónomo

Nesta edição da iniciativa da OERN foi possível conhecer o supercomputador Deucallion no CCG/ZGDV Institute, da Universidade do Minho, e debater o impacto da IA Generativa na sociedade quando aliada à Engenharia

O dia arrancou com uma visita guiada pelo Presidente do CCG/ZDV, Ricardo Machado, às instalações do CCG/ZGDV Institute, inserido no campus de Azurém da Universidade do Minho, onde foi possível conhecer alguns dos diferentes projetos que são desenvolvidos com recurso a Inteligência Artificial, como a condução autónoma, entre outros.

A parte da tarde deste roteiro iniciou-se com o enquadramento e visita ao supercomputador Deucalion onde João Nuno Ferreira, da FCT, descreveu as potencialidades deste supercomputador, comparando o esforço que a União Europeia está a fazer nesta área ao realizado na indústria aeronáutica e do espaço com a Airbus e a ESA. O Deucalion tem capacidade de efetuar 10 mil milhões de cálculos pro segundo e faz parte de uma segunda linda de que capacidade que a Europa está a instalar nesta área.

Pedro Arezes, Presidente da Escola de Engenharia da UM, iniciou a conferência “Inteligência Artificial Generativa” onde deu a conhecer que “na escola de Engenharia temos consciência que é preciso ter a coragem de ousar em áreas novas, no seio de uma instituição conservadora como é a universidade”.

A transição digital é um dos motes que gere as organizações e Bento Aires, Presidente da OERN, relembrou que “a velocidade será um fator determinante no sucesso das organizações, das regiões e dos países”, na medida em que “a competitividade dependerá da velocidade dos processos a todos os níveis e para isso é preciso acelerar a transição digital”. Bento Aires acredita que esta transição será liderada pela geração mais jovem, mas que o papel da OE passa por estar ao lado das três gerações de Engenheiros envolvidas neste processo.

Ricardo Machado moderou a mesa redonda titular das atividades deste Roteiro e composta pelos especialistas João Nuno Ferreira, Pedro Costa, do IPCA, Paulo Cortez do CCG/ZGDV e Miguel Nóbrega, do IPC-UMinho. O debate iniciou-se com uma questão base: o que é a IA generativa? Paulo Cortez definiu-a como um conjunto de “sistemas complexos que simulam inteligência”, de acordo com linhas de código, sendo que nos dias de hoje “estes programas modelam a linguagem humana”, mesmo que sem consciência.

Para Miguel Nóbrega e Pedro Moraes, das áreas da Engenharia de Polímeros e da Engenharia Biomédica, a supercomputação significa capacidades de simulação aumentada. Já João Nuno Ferreira deu a sua perspetiva sobre o uso da IA na indústria farmacêutica explicando que “o programa faz milhões de combinações de moléculas, para um determinado fim e reduz as possibilidades. Daí parte-se para o laboratório”.

Nuno Nunes, Coordenador do Conselho Regional de Colégio de Engenharia Informática, encerrou esta sessão sublinhando que “esta tecnologia não só transforma a forma como resolvemos problemas, mas também redefine o que significa criar, projetar e inovar”.

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