A Delegação Distrital de Vila Real e os Colégios Nacionais e Regionais de Agronómica e Florestal organizam no próximo dia 15 de novembro, às 9 horas, uma conferência sobre os sumidouros de carbono e os contributos da Engenharia para a busca de soluções aplicáveis no panorama nacional
A Delegação Distrital de Vila Real e os Colégios Nacionais e Regionais de Agronómica e Florestal organizam esta sessão para incentivar a discussão deste tema que tem vindo a suscitar cada vez mais interessante por parte dos Engenheiros e demais intervenientes ligados à floresta e à agricultura.
PROGRAMA
09H15 | Receção aos Participantes
09H45 | Sessão de Abertura
– José Carlos Pinto, Delegado Distrital de Vila Real
– Adelino Bernardo, Coordenador Regional do CEA
– Silvino Sousa, Coordenador Regional do CEF
– Ana Aguiar, vogal do CNCEA da OE
– João Gama Amaral, Presidente do CNCEF da OE
– Bento Aires, Presidente do Conselho Diretivo da OE Região Norte
– João Noronha, Presidente da Câmara de Ribeira de Pena
10H30 | 1º Painel de Intervenções e Debate
Moderador: João Gama Amaral
– Rodrigo Sarmento de Beires
– Luís Valente de Oliveira
– Rui Nobre Gonçalves
12H45 | Almoço
14H40 | 2º Painel de Intervenções e Debate
Moderadora: Ana Aguiar
– José Marques Aranha
– Henrique Trindade
16H45 | Encerramento da sessão
O não reconhecimento dos contributos da agricultura e da floresta para os equilíbrios ambientais, a par do isolamento a que o setor florestal tem sido remetido, potenciam os efeitos negativos, que ciclicamente se tornam cada vez mais evidentes.
A diminuta atenção à alteração das dinâmicas de ocupação e gestão rural (ou não gestão), centrada simplesmente na produção, revela o enviesamento dessa perspectiva exclusiva e a premência de promover o seu ordenamento dos espaços rurais, buscando formas e processos sustentáveis e executáveis (como é paradigma dos engenheiros).
Assim, esta sessão vem reforçar a importância que as medidas sustentáveis, consentâneas com a prática da Engenharia, um planeamento estruturado e uma antecipação das necessidades futuras têm nos ecossistemas, com o fim de criar soluções integradas praticáveis, sustentáveis e de futuro.
Sobre os oradores:
Rodrigo Sarmento Beires
Engenheiro civil de planeamento territorial. Associado da Bosque, Inovação e Desenvolvimento Florestal, Lda. Consultor de Empresas e Assessor governamental (Governos XV, XVI, XVII, XIX). Presidente da Direção da SPIDOURO-Soc. de Promoção de Empresas e Investimento do Douro e Trás-os-Montes, S.A. (1996-2003). Vice-Presidente da Comissão de Coordenação da Região do Norte (1992-95). Coord. da Comunidade de Trab. Galiza – Norte de Portugal (1992-95). Presidente do Conselho de Administração da Nor-Risco – Capital de Risco, S.A. (1988-92) . Director da Associação dos Municípios da Terra Quente Transmontana (1982-87).
Tema a apresentar:
“Das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) ás Operações Integradas da Gestão da Paisagem (OIGP) – O carbono e demais serviços do ecosistema como braço de viabilização da identificação / contratação das terras e do investimento e gestão florestal profissionalizável.”
Luís Valente de Oliveira
É doutorado em Engenharia Civil pela Universidade do Porto. Diplomado em Planeamento de Desenvolvimento Regional pelo Institute of Social Studies (Haia, Holanda) e Mestre em Planeamento de Transportes (Imperial College, Londres). É professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Foi presidente da Comissão de Coordenação da Região do Norte (Portugal) e ministro da Educação e Investigação Científica, do Planeamento e Administração do Território e das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Tema a apresentar:
“A preparação dos instrumentos e o planeamento da mobilização da adesão e da obtenção dos meios necessários, como base do sucesso das políticas e projetos territoriais.”
Rui Nobre Gonçalves
Licenciado em Engenharia do Ambiente (FCT/UNL) e Pós-Graduado em Economia e Estudos Europeus (ISEG/UTL), Rui Gonçalves é atualmente Assessor no Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP). Foi Coordenador do Grupo de Trabalho para a Propriedade Rústica. Enquanto Secretário de Estado do Ambiente no XIV Governo Constitucional estabeleceu o quadro normativo sobre avaliação ambiental, prevenção e controlo integrados da poluição, indústria extractiva e energias renováveis. Promoveu a elaboração, do primeiro Plano Nacional para as Alterações Climáticas. Como Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas no XVII Governo impulsionou o concurso nacional de centrais de biomassa, fez aprovar as Zonas de Intervenção Florestal e o Plano Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios.
Tema a apresentar:
“Monetização dos sumidouros de carbono – contributo para a solução dos problemas da propriedade rústica?”
José Marques Aranha
É doutorado pela Escola de Geografia da Universidade de Kingston (Reino Unido). É Membro Integrado do CITAB (Centro de Investigação e Tecnologia das Ciências Agroambientais e Biológicas) e a sua atividade científica tem-se centrado em SIG aplicados a atividades agroflorestais: Mapeamento de Risco de Incêndio, Serviços Ecossistémicos, Biomassa Florestal. É Professor Catedrático da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro.
Tema a apresentar:
“Tecnologia digital na monitorização florestal: biomassa e carbono.”
Henrique Trindade
É licenciado em Engenharia Agronómica em 1987, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e mestrado em Agronomia em 1991. Concluí o doutoramento em Ciências Agrárias na UTAD em 1997. É Professor Catedrático da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro.
Tema a apresentar:
“Redução da pegada ambiental na produção de ruminantes e potencial de sequestro de carbono.”