No passado dia 20 de janeiro, houve sala cheia para a apresentação da obra “Políticas de Habitação Acessível no Norte de Portugal e na Europa” da autoria dos Engenheiros Álvaro Santos e Miguel Branco-Teixeira
A obra “Políticas de Habitação Acessível no Norte de Portugal e na Europa” da autoria Engenheiros Álvaro Santos e Miguel Branco-Teixeira reuniu autarcas e várias figuras com um papel crucial nos temas da sociedade e da habitação.
A sessão iniciou-se com a intervenção de Bento Aires, Presidente da OERN, reforçou que o importante é “incentivar, uma engenharia para todos, técnicos, urbanistas, construtores de cidades e autarcas”. Sublinhou que o país mergulhou em crises de habitação, de desenvolvimento, de indústria, quando não valorizou os Engenheiros, quando desistiu de os formar e de o reter em Portugal, sendo necessário confiar nos Engenheiros para construir Portugal, para desenvolver novas soluções de habitação, mais rápidas e sustentáveis, bem como a nova mobilidade urbana e interurbana (metro e ferrovia), ou o reforço do Aeroporto Francisco Sá Carneiro a par do novo Aeroporto Luís de Camões.
Luís Peixoto de Sousa, do Grupo Editorial Económico, e responsável pela edição da obra relembrou a importância de dar a conhecer este tipo de iniciativa que debatem e analisem assuntos com tanto impacto na sociedade.
Fernando de Almeida Santos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros, apontou a importância da habitação para a crescente percentagem de imigrantes em Portugal. “Os estudos preveem que, até ao final de 2026, a população portuguesa vai ultrapassar os 11 milhões de habitantes e é preciso que haja habitações para todas estas pessoas”, justificou.
Seguiu-se a intervenção de Álvaro Santos, autor da obra, que lembrou que “este livro encerra um desafio que nos deve mobilizar a todos, não apenas governantes, não apenas políticos, mas entidades públicas, empresas privadas e a própria sociedade civil”.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira sublinhou como o combate à crise da habitação no país deverá passar por mais oferta, construída sob alicerces feitos de uma agilização de procedimentos, da capacitação dos municípios e de dar maior confiança ao setor privado para ser parte da resposta.
O ciclo de intervenções terminou com o discurso de Luís Montenegro, Primeiro-Ministro de Portugal, que deixou claro o papel do Governo: “estamos aqui para arriscar as nossas soluções. Para arriscar com a sociedade, com as autarquias, com os Engenheiros, com os Arquitetos, com os técnicos, para arriscar com as instituições públicas, sim”.
Para o primeiro-ministro, o problema da habitação é transversal à sociedade portuguesa, associando-o, por exemplo, à falta de médicos, de professores, e à emigração de jovens, por falta de condições de acessibilidade na habitação que os fixem nos territórios.
A sessão de apresentação terminou com um espumante de honra, que culminou uma manhã de partilha de ideias, reflexões e soluções para o investimento no futuro da habitação.