Futuro da habitação exige “mais Engenheiros nas autarquias, nas empresas e nos processos de liderança e gestão”

No passado dia 6 de fevereiro, o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, em Braga, foi palco para a apresentação do livro “Políticas de Habitação Acessível no Norte de Portugal e na Europa” da autoria dos Engenheiros Álvaro Santos e Miguel Branco-Teixeira

A obra “Políticas de Habitação Acessível no Norte de Portugal e na Europa” da autoria Engenheiros Álvaro Santos e Miguel Branco-Teixeira reuniu autarcas e várias figuras com um papel crucial nos temas da sociedade e da habitação.

A sessão arrancou com uma mensagem de Miguel Pinto Luz, Ministro das Infraestruturas e Habitação, que recomendou a leitura desta obra, sublinhando as necessidade de apostar nos recursos humanos, como Engenheiros e Técnicos, para aumentar o número de construções.

“Num momento em que a Habitação (ou a falta dela) assume contornos de emergência nacional, o lançamento desta obra não pode ser mais oportuno” sublinhou Leonel Cunha e Silva, Delegado Distrital de Braga da OE. Para o Engenheiro Civil, é necessário olhar o problema da habitação na sua fundação: é imperativo colmatar a fuga de Engenheiros para o exterior e criar políticas de habitação acessível, que sejam, de facto, executáveis.

Luís Peixoto de Sousa, do Grupo Editorial Económico, e responsável pela edição da obra relembrou a importância de dar a conhecer este tipo de iniciativa que debatem e analisem assuntos com tanto impacto na sociedade.

A intervenção que se seguiu coube a Bento Aires, Presidente da OERN, que deixou claro: “o país mergulhou em crises de habitação quando não valorizou os Engenheiros, quando desistiu de os formar e de os reter em Portugal”. Para o Presidente do CDRN existem três grandes alicerces que podem garantir um futuro para a habitação: o estado, que define as políticas, as autarquias, que constroem para quem mais precisa e a iniciativa privada, a quem têm que ser atribuídos os instrumentos para fazer mais a custos reduzidos.

A obra “Políticas de Habitação Acessível no Norte de Portugal e na Europa” tem como objetivo fulcral “extrair conclusões e recomendações para o contexto português, a partir da análise de boas práticas nacionais e internacionais no domínio das políticas de habitação” clarificou o co-autor, Álvaro Santos. Apesar de ainda existir um longo caminho a percorrer para concretizar de forma eficaz o modelo de provisão da habitação acessível, o Engenheiro Civil acredita que “este é um desafio que nos deve mobilizar a todos” desde os governos à sociedade civil.

Seguiu-se a intervenção de Benjamim Pereira, Presidente do IHRU em representação do MIH, sublinhou a necessidade de facilitar o processo de construção, no que diz respeito à burocracia, e na necessidade de atualizar a tecnologia da IRHU.

Esta tarde de partilha de ideias, reflexões e soluções para o investimento no futuro da habitação culminou com a intervenção de Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga, que apontou a importância do envolvimento de instituições publicas e privadas e da sociedade civil no assunto da habitação. Deu ainda a conhecer a estratégia aplicada em Braga – Estratégia Local de Habitação – além de outras medidas, que o município adotou para preparar o futuro da habitação em Braga, um distrito que cada vez mais tem que se adaptar à multiculturalidade e à mutação da sociedade civil que o compõe.

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