“A Engenharia não é apenas uma ciência – é também uma arte que conecta e transforma”

No passado dia 8 de novembro, a Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos (APRH) e a Câmara Municipal de Arouca (CM Arouca) organizaram o 2ª Encontro Informal de Especialistas e Decisores do setor da Água, onde esteve presente Miguel Costa, Membro do Conselho Regional de Colégio de Engenharia do Ambiente

No passado dia 8 de novembro, a Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos (APRH) e a Câmara Municipal de Arouca (CM Arouca) organizaram o 2ª Encontro Informal de Especialistas e Decisores do setor da Água, o qual teve como tema “Água, Ambiente e Território”.

Neste evento, Miguel Costa realizou uma intervenção intitulada “A Engenharia como base das soluções integradas para os desafios da Água, Ambiente e Território”, onde começou por salientar as relações cada vez mais complexas entre o recurso água e os diferentes elementos dele dependentes, tendo destacado dois dos principais desafios que ameaçam a gestão sustentável do nexus água-ambiente-território, nomeadamente as alterações climáticas e o crescimento populacional.

Neste contexto desafiante, Miguel Costa realçou que “a Engenharia e os Engenheiros podem e têm a capacidade de assumir um papel de destaque no desenvolvimento de soluções integradas e essências”. No que se refere às alterações climáticas, em particular os eventos de seca e escassez foram realçadas as grandes obras / soluções de engenharia em curso e/ou já aprovadas, nas quais os Engenheiros serão fundamentais para materializar os grandes investimentos previstos.

Além da escassez de água, outro desafio importante referido durante a intervenção foi a relação das cidades com o recurso água, sobretudo no contexto das inundações, no qual “a Engenharia terá como missão transformar as nossas cidades em verdadeiras “cidades esponja”, conciliando o desenvolvimento de infraestruturas de drenagem resilientes com a aplicação de soluções baseadas na natureza”.

Durante a intervenção, Miguel Costa destacou que a importância dos Engenheiros não se resume apenas ao desenvolvimento de soluções infraestruturais, sendo que a Engenharia deverá ter também como desígnio ser o motor para o desenvolvimento de soluções inovadoras e planos com visão holística, bem como assumir um papel ativo nas decisões políticas.

Na parte final da sua intervenção, foi destacado o contributo que a OERN e o Conselho Regional de Colégio de Engenharia do Ambiente promoveram ao longo dos últimos três anos para o setor da água, através da realização de discussões e sessões sobre o tema, tendo sido particularizado o ciclo de conferências “Há Engenharia na Água” (iniciativa conjunta entre o Colégio de Engenharia do Ambiente da OERN e a APRH).  

Miguel Costa terminou a sua intervenção referindo que “a Engenharia pode representar o caminho para um futuro mais resiliente. Ao abordar de forma integrada os desafios da água, do ambiente e do território, a Engenharia não é apenas uma ciência – é também uma arte que conecta e transforma. Dispomos das ferramentas, capital humano, capacidade intelectual, mas também a obrigação de promover a sustentabilidade do nexus água-ambiente-território. O futuro da água depende de todos nós, no qual a Engenharia terá um papel central, pois ‘Há Futuro onde há Engenheiros’”.

Na sessão esteve também presente Vítor Monteiro, Membro do Conselho Regional de Colégio de Engenharia Civil, o qual participou na sessão de abertura do evento, em representação da CCDR-Norte.

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