O primeiro ciclo de Conferências de Engenharia Agronómica, Zootécnica e Alimentar terminou no passado dia 23 de Julho, tendo como convidado Agostinho Carvalho, engenheiro agrónomo e atualmente professor catedrático jubilado.
Divanildo Outor Monteiro, coordenador do Colégio de Engenharia Agronómica – Norte e Vitor Correia, Engenheiro Agrónomo conduziram a sessão e moderaram as perguntas dos participantes. (ver vídeo)
Já Agostinho Carvalho traçou algumas ideias sobre o tema proposto, alicerçado pelo livro da sua autoria também aqui apresentado.
Entre muitos outros detalhes foi abordado o quadro conceptual de apoio à modernização da agricultura familiar–FAO (2015), disso é exemplo, a reestruturação da vinha no Minho (Programa Vitis 2008).
O que Agostinho Carvalho abordou
Sobre o Território
“Actuação ao nível de uma região, a maioria são explorações familiares e existe forte interrelação entre os diferentes tipos de explorações.”
Sobre as Famílias-explorações
“A grande maioria das unidades produtivas são conjuntos de famílias-explorações, caracterizadas pelo plurirrendimento e pluriactividade, com racionalidade económica diferente das empresas agrícolas. Deve considerar-se o conjunto instituição integradora (cooperativa, empresa comercial) e explorações familiares. É o conjunto que determina a viabilidade económica e cria economia de escala para a transformação dos produtos, comercialização e apoio técnico.”
Sobre o Sistema de inovação
Sistema de inovação que integre instituições públicas e privadas e que ponha à disposição dos agricultores inovações técnicas e institucionais adequadas à sua racionalidade e lógica de funcionamento.
Vinho Verde:
Inovações técnicas: enxertos prontos, clones seleccionados de castas regionais e sistema de condução-cordão simples e técnicas culturais. Inovações institucionais: apoio financeiro à instalação da vinha e candidaturas agrupadas, sem exigência da avaliação pela metodologia usada pelo Ministério da Agricultura.
O sistema de inovação envolveu as adegas cooperativas, empresas comerciais, o Ministério da Agricultura, a Divisão de Viticultura da DRAN e a EVAG, da CVRVV.
Escolhas políticas, em diferentes aspectos, condicionam a estratégia de desenvolvimento da agricultura familiar.