[Vídeo] “Agricultura sem papas na língua” reforça a “necessidade da mudança de perceção sobre a Agricultura e a Floresta”

No passado dia 2 de Dezembro, decorreu na Secção Regional do Norte da Ordem dos Farmacêuticos a apresentação da obra de José Martino, coorganizado pela Editora Vida Económica e o Conselho de Colégio de Engenharia Agronómica da OERN, e com a presença de José Manuel Fernandes, Ministro da Agricultura e Pescas

“Quando um Engenheiro publica um livro devemos fazer uma festa, porque estamos a materializar num suporto físico ou digital, aquilo que é o nosso conhecimento e a transmiti-lo para os cidadãos e usufrutuários da Engenharia” sublinhou de seguida Bento Aires no seu discursos de abertura. O Presidente da Ordem dos Engenheiros da Região Norte relembrou que existem no momento “duas crises no mercado de trabalho: atrair talento e reter esse talento”. Existe assim uma necessidade de “somar e trazer os Engenheiros para dentro da Ordem, para dinamizar e colocar estes talentos em lugares de valorização”. Bento Aires lançou um desafio ao governo: é preciso “ter Engenheiros Agrônomos a assumir responsabilidades por projetos agrícolas, para garantir uma agricultura mais forte e competitiva.”

Antes já Félix Carvalho, Presidente da Secção Regional Norte da Ordem dos Farmacêuticos (OFNorte) tinha feito as honras dando as boas-vindas a todos à secção regional Norte da Ordem dos Farmacêuticos sublinhando a necessidade dos profissionais incorporarem conhecimento na sua carreira, como o explanado na obra de José Martino.

A intervenção protagonizada por José Manuel Fernandes, Ministro da Agricultura e Pescas abordou o lado político da agricultura. O Ministro sublinhou que a obra de José Martino é “um livro que tem uma linha de pensamento, que forma uma imagem, um puzzle fundado na defesa da coesão territorial e do mundo rural”. Reforçou que “a agricultura é sinónimo de segurança alimentar, de defesa e é transversal: é coesão e competitividade, necessárias para diminuir o défice agroalimentar. A agricultura é indústria, é inteligência artificial, cultura, patrimônio, turismo e economia o que implica um agricultura de precisão, como abordado na obra “Agricultura sem papas na língua”.

João Luís de Sousa, Diretor da Editora Vida Económica, e editor da obra relembrou a importância de obras como esta para deixar claro que “o setor da agricultura em nada fica a dever a outros setores, nos temas da modernização”.

As intervenções terminaram com as palavras de José Martino, autor da obra e Engenheiro Agrônomo, que agradeceu os contributos para esta obra, onde defende “as politicas publicas mais inclusivas que priorizem as regiões mais desfavorecidas, apoiem a instalação de jovens agricultores, a agricultura familiar e o cooperativismo”. O autor deixou claro: “é imperativa a distribuição dos fundos públicos de forma justa e estratégica e que as reformas importantes como a da gestão da água no ordenamento territorial sejam priorizadas.”

A sessão de apresentação terminou com um porto de honra e uma sessão de autógrafos protagonizada pelo autor.

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