Conferência juntou o projeto “Há Engenharia em mim®” e o Parlamento Europeu no ISEP, na data em que se assinalou o Dia Europeu da Ciência e Tecnologia

O debate, que decorreu no passado dia 10 de abril, incidiu sobre o tema “A Europa é Engenharia nas minhas mãos”, e contou com a presença de vários alunos e professores de escolas embaixadoras da Europa, que no ISEP puderam ouvir e debater o futuro da Engenharia num contexto mais abrangente.

Antes do debate, na sessão de abertura Maria João Viamonte, presidente do ISEP, lembrou que ser Engenheiro é “responder a desafios” e agradeceu o facto do ISEP poder acolher este projeto pioneiro que também ele assenta em responder a desafios.

Bento Aires, presidente da OERN, lembrou que este projeto pioneiro começou na região Norte no final de 2022 em Bragança, e tem percorrido várias escolas do Norte. Sobre esta sessão em especifico, Bento Aires lembra que a 10 de abril, se celebra o dia Europeu da Ciência e da Tecnologia e “quando se fala de ciência em tecnologia estamos também a falar de Engenharia e de despertar vocações no ensino básico e secundário” acrescentando ainda que “não é Engenheiro qualquer um, é preciso ter um conjunto importante de competências”.

O debate que se seguiu à sessão de abertura, foi moderado por Nídia de Sá Caetano, Presidente do Conselho Fiscal da OERN, e contou com os testemunhos de Isabel Baltazar, Parlamento Europeu para a Educação, Joana Vieira, Diretora da Escola Santa Maria de Lamas, Vladimiro Feliz, CEiiA, Carlos Felgueiras, Professor no Ensino Superior Politécnico e Paulo Silva, Doutorando ISEP/ Universidade de Salamanca.

“O grande desafio das escolas neste momento é conseguir transmitir às novas gerações a forma como a física e matemática são fundamentais para transformar o mundo e nada melhor que desenvolver ações como esta que nos permitem partilhar experiências” afirmou Vladimiro Feliz lembrando ainda o trabalho do CEiiA que envolve centenas de Engenheiros. Já Joana Vieira, assinalou que se observa nas escolas “um interesse crescente pelas Engenharias, em detrimento das áreas de saúde, por exemplo.”

Por outro lado Isabel Baltazar, no que concerne à Europa e o papel dos Engenheiros assinalou que “a Europa é uma construção inacabada como uma peça que temos de encaixar como um lego, e por isso é uma obra magnifica de Engenharia e precisa da nossa cidadania europeia para se construir no dia-a-dia. É com Engenharia que se constrói a Europa”.

Carlos Felgueiras apontou a importância das novas gerações não terem medo da matemática e da física, tão importantes no exercício da Engenharia. Já Paulo Silva afirmou que o programa “Há Engenharia em Mim” é um instrumento para experienciar as ciências exatas e uma ajuda para ter uma perceção do futuro para a escolha da área da Engenharia. “É preciso não desistir. É fácil dizer, difícil é dizer que sim” concluiu.

No final houve ainda tempo para os alunos presentes experimentarem construir uma bicicleta, já que 2024 é o ano europeu da bicicleta, recorrendo à ferramenta de aprendizagem STEAM.