No dia 19 de abril, a Delegação Distrital de Viana do Castelo recebeu o orador para debater o impacto, oportunidades e desafios criados com a implementação do centro tecnológico SUSTMARE
Nesta sessão do “Há Engenharia às Sextas”, Diogo Moreira veio apresentar o que virá a ser o Centro de Tecnologia e Inovação em Energias e Tecnologias Oceânicas – SUSTMARE. Com a liderança do IPVC (Instituto Politécnico de Viana do Castelo), INESC-TEC (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência) e Município de Viana do Castelo esta instituição pretende vir a agregar um conjunto de empresas sedeadas localmente, mas também no interland Norte de Portugal-Galiza e start-up que o sistema de inovação que irá dinamizar vier a criar.
O SUSTEMARE será um centro de transferência de tecnologia que irá suportar o seu desenvolvimento sustentado e “dinamizar o tecido empresarial”, assegurou o orador. Esta construção surge da dinâmica criada pela instalação dos polos de teste de tecnologias de produção de energia a partir dos sistemas eólicos offshore e flutuantes, e que podem potenciar a criação de um novo cluster industrial.
Diogo Moreira explicitou que a iniciativa pretende ser proactiva na criação de uma nova indústria a nível local, antecipando a sua criação à escala global, centrada nas energias e tecnologias oceânicas. O responsável pela Unidade de Gestão de Projetos e Tecnologia do IPVC sublinhou que Portugal deve tirar proveito a nível de criação de valor e desenvolvimento industrial da liderança na eólica on-shore. O posicionamento na linha da frente no investimento em parques eólicos flutuantes e no teste de novas tecnologias a eles associadas, bem como à tecnologia do processo construtivo, serão oportunidades que o País não pode desperdiçar.
O conhecimento baseado no vento, nas ondas e nas tecnologias associadas à exploração dos recursos oceânicos é algo em que Portugal tem liderança, mas que exige consolidação na transformação em inovação, ou seja, na dinâmica do investimento empresarial.
O SUSTEMARE deverá assegurar proativamente a qualificação dos recursos humanos que irão assegurar a transformação em valor do conhecimento (know-how) que possuímos pela presença ao largo de Viana do Castelo de um campo de testes da tecnologia. Neste âmbito estão incluídas as questões ambientais, como o impacto nas pescas, atendendo às questões das diversas sustentabilidades: ambiental, económica e social.
Os participantes tiveram ainda a oportunidade de fazer parte da prova de vinhos, com dois vinhos da marca “Ânfora de Santa Marinha” pelo produtor António Joaquim Rodrigues: Ânfora de Santa Marinha Merlot e Ânfora de Santa Marinha Chardonnay. Ao tratar-se de uma novidade a apresentação de vinhos provenientes de castas estrangeiras, foi surpreendente para muitos dos presentes.