A Delegação Distrital de Viana do Castelo organizou mais uma sessão do “Engenharia às Sextas”, no passado dia 28 de fevereiro, desta vez dedicada a dar a conhecer o contributo de Portugal na Conservação e Valorização de Recursos Genéticos Vegetais
Perante uma casa cheia Ana Barata explicou com detalhe o papel desempenhado durante as mais de quatro décadas no BPGV e o seu contributo para a Conservação dos Recursos Genéticos Vegetais de Portugal, assegurando a diversidade biológica e suportando uma produção agrícola sustentável atual e futura.
Houve um debate sobre a conservação dos recursos genéticos nacionais, nomeadamente os do Distrito de Viana do Castelo, e a sua relevância na valorização dos produtos agrícolas e no desenvolvimento sustentável do território. Debateu-se ainda a conservação destes recursos genéticos e do interesse e valor para a gerações vindouras, num quadro de homogeneização da produção alimentar a nível mundial, através do papel das grandes multinacionais das sementes e propágulos vegetativos. Foi discutida a valorização dos genes deste património, fundamentais para o melhoramento vegetal por exemplo na resistência a novas doenças, adaptabilidade às mudanças climáticas, entre outras.


Foi destacado o papel relevante do BPGV com o seu acervo conservado de 44 752 acessos, de 255 espécies e 143 géneros de plantas cultivadas, silvestres e de parentes silvestres das plantas cultivadas, como reserva de variedades regionais para toda a bacia do mediterrâneo. Trata-se assim de uma estrutura de relevância nacional e internacional, e uma importante referência, à escala global, na conservação de recursos genéticos.
Ana Maria Barata explicou o processo de conservação das espécies, umas por propagação seminal, outras por conservadas em frio, a médio e a longo prazo e as que se propagam por via vegetativa, em campo ou em condições de in vitro e mais recentemente em crioconservação.


Durante a sessão foi ainda dado a conhecer e a provar a história da empresa PrimoVinhos dos Vinhos CADO. A empresa PrimoVinhos, Lda., nasceu do sonho dos primos Oliveira, descendentes de agricultores, conhecedores da arte e gosto de trabalhar a terra e o cultivo da vinha. As suas vinhas estão distribuídas pelas encostas do Lima desde Arcos de Valdevez a Ponte de Lima.
Os vinhos Cado procuram transmitir a essência do Vale do Lima e demonstrar o potencial dos vinhos da região fundamentalmente da casta “loureiro”, quando feitos com grande rigor técnico e paixão.