A OERN e a Fundação Serralves coorganizaram esta nova edição para debater sobre o futuro sustentável e inclusivo das cidades, no Dia Mundial do Ambiente (5 de junho), no Auditório do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves

O evento reuniu um conjunto de oradores especialistas que analisaram as diferentes abordagens para a constituição de cidades e comunidades resilientes e sustentáveis, entre eles, a Câmara Municipal do Porto, a FEUP, a Fundação de Serralves, o Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, a Câmara Municipal de Braga, a Lipor, o Brunswick Group, a Mota-Engil, a Associação Nacional dos Municípios Portugueses e a Ascendi SGPS SA.

Na sessão de abertura, Maria João Correia, Vice-Presidente do CDRN, sublinhou a necessidade de iniciativas como esta, iniciada pela OERN em 2020, pois “mais de metade da humanidade vive em cidades e estas são responsáveis por cerca de 65% das emissões de gases com efeitos de estufa. Havendo ainda pouco progresso nas nossas cidades a nível nacional, é essencial debatermos este tema”.

Ana Pinho, Presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves, Fernando de Almeida Santos, Bastonário da Ordem dos Engenheiros e Filipe Araújo, Vice-Presidente da Câmara Municipal do Porto, foram também partes integrantes da abertura, reforçando a necessidade de aliar a sustentabilidade ao capital humano, pois só com pessoas se constrói um futuro mais seguro e biodiverso.

A partilha de conhecimento e o respeito pelo ambiente são dois dos pilares da sustentabilidade sublinhou Bento Aires, Presidente do Conselho Diretivo da OERN, garantindo ainda que “conseguimos ter profissionais capacitados para os desafios do futuro”. No entanto, é necessário não esquecer que “temos de ser laboratórios mundiais. Temos de estar cientes de que podemos tornar isto um laboratório, internacionalizar e sermos globais“ concluiu o Presidente da OERN.

O primeiro painel da manhã foi moderado por Rui Calçada, Diretor da FEUP, sob o tema “Ecossistemas e Biodiversidade – Panorama nas cidades”. Helena Freitas, Diretora do Parque de Serralves, Nuno Banza, Presidente do Conselho Diretivo do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga e Paula Mendes, Diretora do Departamento de Educação, Comunicação e Sustentabilidade da Lipor, debateram a importância dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o “impacto social, financeiro e ético da biodiversidade” e “os desafios da alterações climáticas”.

As “Cidades e Comunidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis” foram o mote para o segundo páinel, moderado por Alexandra Abreu Loureiro, Partner do Brunswick Group. Rui Costa, Diretor de Recursos e Projetos Especiais da Fundação de Serralves, Inês Mota, Diretora de Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa da Mota-Engil, Luísa Salgueiro, Presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses e Luís Silva Santos, Presidente do Conselho de Administração da Ascendi SGPS, SA sublinharam a necessidade de pensar “o ciclo de vida como um todo, pensar nas três áreas de negócio, que é o ambiente, o social e o governo, fazer pequenos trade-offs, e pensar a longo prazo” para que o futuro das comunidades seja mais verde e mais sustentado nas respostas às necessidades dos cidadãos.

Na sessão de encerramento, Emídio Sousa, Secretário de Estado do Ambiente, realçou que é precisamente através do ambiente que se conseguirá ter uma aceleração do plano de retenção de pessoas e de talento. Assim sendo, revelou que “a próxima grande ação do governo vai ser na área do ambiente”, nomeadamente uma revisão do Plano Nacional da Água, de forma a acabar com as perdas de água e as ineficiências hídricas.

O programa contou, ainda, com a realização de visitas guiadas no Parque de Serralves ao Roseiral, ao Treetop Walk, à Instalação “As plantas, o Carbono e o Clima”, à Exposição “CORPO | uma topografia sonora” e uma visita temática intitulada “Raízes do Parque”.

Leia mais sobre esta edição do Sustainability4Cities na notícia do jornal Eco.